sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Avaliação de Riscos

Avaliação de Riscos

A avaliação de riscos constitui a base da abordagem comunitária para prevenir acidentes e problemas de saúde profissionais.
 
Existem razões suficientemente válidas para tal. Se o processo de avaliação de riscos - o ponto de partida da abordagem da gestão da saúde e segurança - não for bem conduzido ou não for de todo realizado, as medidas de prevenção adequadas não serão provavelmente identificadas ou aplicadas. Todos os anos, milhões de pessoas na UE lesionam-se no local de trabalho ou sofrem de problemas de saúde graves relacionados com o trabalho. É por este motivo que a avaliação de riscos é tão importante, sendo o fator-chave para um local de trabalho saudável. A avaliação de riscos é um processo dinâmico que permite às empresas e organizações implementarem uma política pró-ativa de gestão dos riscos no local de trabalho.
Pelas razões enumeradas, é fundamental que todas as empresas, independentemente da sua categoria ou dimensão, realizem avaliações regulares. Uma avaliação de riscos adequada inclui, entre outros aspectos, a garantia de que todos os riscos relevantes são tidos em consideração (não apenas os mais imediatos ou óbvios), a verificação da eficácia das medidas de segurança adoptadas, o registo dos resultados da avaliação e a revisão da avaliação a intervalos regulares, para que esta se mantenha atualizada.
 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A importância do Diálogo Diário de Segurança - ( D D S ) nas Empresas






A importância do Diálogo Diário de Segurança - ( D D S ) nas Empresas
 O que é?
É um programa destinado a criar, desenvolver e manter atitudes prevencionistas na Empresa, através da conscientização de todos os empregados.
 Onde?
Tem corno foco principal a realização de conversações de segurança nas áreas operacionais, possibilitando melhor integração e o estabelecimento de um canal de comunicação ágil, transparente e sincero entre Chefias e Subordinados.
 Quando?
Diariamente, antes do inicio da jornada de trabalho, com duração  de 05 a 10 minutos, com leitura de temas aqui apresentados ou outros relativos a Segurança e Medicina do Trabalho.
 Quem?
A responsabilidade pela execução da DDS é do Líder/Supervisor, registrando diariamente o tema da DDS com as assinaturas da equipe no impresso padrão.
 Como?
Em reuniões com o grupo de trabalho, escolhendo um dos temas e fazendo a leitura em alta voz, procurando ser objetivo na explanação, ou conversando sobre outro tema específico.
 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT)

Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) é um evento obrigatório nas empresas instaladas no Brasil segundo a legislação trabalhista. A SIPAT deve ser organizada anualmente pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) em conjunto com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) com o objetivo de conscientizar os empregados sobre a saúde e segurança no trabalho além da prevenção de acidentes .Durante a semana são realizadas atividades envolvendo os empregados com o objetivo de promover a conscientização, em geral com foco em um tema definido anteriormente. Entre as atividades estão palestras , treinamentos, avaliações médicas, atividades lúdicas, entre outras. CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Segundo a legislação trabalhista as empresas também devem criar uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) que tem como outras atribuições além da organização da SIPAT, desenvolver ações para a prevenção de acidentes e doenças, preservando a saúde dos trabalhadores. Esta comissão é constituída por representantes do empregador e dos empregados. É regida pela Lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977 e regulamentada pela NR-5 do Ministério do Trabalho, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes foi aprovada pela portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978, publicada no Diário Oficial da União de 29 de dezembro de 1994 e modificada em 15 de fevereiro de 1995.

sábado, 23 de novembro de 2013

Segurança na operação de guindastes

Guindastes são equipamentos de diferentes tamanhos e formatos usados para levantar cargas pesadas em diversos locais de trabalho. Essas máquinas são eficientes, rentáveis e bastante seguras. Mas os acidentes com danos materiais e à vida humana muitas vezes acontecem, em sua maioria por causa da questão da segurança. Uma das causas principais é a falta de um sistema de aviso ou mecanismo de sinalização para que o operador saiba de antemão sobre qualquer tipo de perigo possível. Para evitar esses contratempos, existem os chamados limitadores de carga, incluindo dispositivos sofisticados ou indicadores como a célula de carga ou escalas eletrônicas. Também conhecida como indicadores de carga de segurança, estes sistemas refinados monitoram variáveis de várias gruas. Um treinamento adequado para os operadores de guindaste reduz os riscos de acidentes, embora não elimine-os completamente. Se um operador de guindaste é treinado e certificado, ele provavelmente será capaz de lidar com situações difíceis ou emergências de uma maneira melhor. Há muitas diretrizes de segurança que os operadores podem seguir para garantir a segurança do equipamento, bem como a sua própria, como sempre verificar as máquinas que vão usar para levantar cargas. Qualquer rachadura ou corrosão não devem ser ignoradas e precisam ser tratadas rapidamente antes de começar o trabalho pesado feito pelo guindaste. Os operadores precisam de ajuda em termos de o que fazer se algo der errado durante o funcionamento de um guindaste. Eles precisam ter algum indicador ou mecanismo de sinalização no local para alertá-los sobre qualquer possível avaria do equipamento que estão operando. Os sistemas de segurança foram projetados para fazer exatamente isso. Muitos tipos de sistemas de segurança garantem a integridade física dos operadores de guindaste, sendo a célula de carga um dos destaques. Operação segura de equipamentos pesados Uma célula ou sensor de carga mede com precisão o peso e sentido da carga. Um outro tipo, chamado de sensor angular, tem um sensor um codificador digital e fornece dados exatos do ângulo de detecção do ângulo da lança. Existem muitas variedades de células, incluindo as de compressão de carga, de feixe, de tensão, etc. Outros dispositivos utilizados são escala de guindaste eletrônico, indicador de momento de carga, monitores de carga de vento, indicadores de velocidade, indicadores de crescimento angular, etc. O uso desses dispositivos modernos pode melhorar a segurança de um operador de guindaste que está bem treinado nas várias medidas de segurança e também usá-los de forma adequada para evitar acidentes, bem como em casos de emergências. Flávia Saad http://prevencaoimediata.blogspot.com

quarta-feira, 30 de outubro de 2013


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Desmoronamento em obra deixa dois operários soterrados

Desmoronamento em obra deixa dois operários soterrados

Bruno Zulian/ Divulgação
Data: 30/10/2013 / Fonte: Zero Hora

Caxias do Sul/RS - Dois operários ficaram soterrados enquanto trabalhavam na construção do edifício Estrela D`alva, na Rua do Guia Lopes, entre a Bento Gonçalves e a 20 de Setembro, no centro de Caxias do Sul. O acidente ocorreu por volta das 9h.

De acordo com o sargento Cristiano Becker, do Corpo de Bombeiros, os funcionários realizavam uma escavação quando uma camada de terra desmoronou. Os homens ficaram encobertos até o peito. Eles foram resgatados e encaminhados ao Pronto-Atendimento 24 Horas conscientes.

Os operários foram identificados como Zélio Soares da Silva, 61, e Valdomiro de Almeida, 54. O estado de saúde deles é estável.

Por volta das 10h, técnicos do Ministério do Trabalho vistoriavam o prédio. Segundo o proprietário da construtora Bonauer, responsável pela obra, Gelson Boff, os operários são terceirizados.

- Foi uma fatalidade, a empresa nunca registrou acidente de trabalho - afirmou.

A imprensa não teve acesso ao ponto do desmoronamento

domingo, 20 de outubro de 2013

Conheça a doença que está apavorando a África, Inacreditavel

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais de 500 mil crianças são vítimas do NOMA na África. Na maioria dos casos, o NOMA começa com úlceras nas gengivas e é de lá que a doença se espalha. A boca fica dolorida, bochechas e lábios tornam-se sensíveis e inchados, fazendo com que a criança tenha dores insuportáveis e dentro de poucos dias sua face torna-se uma grande área gangrenada.
A parte mais chocante desta história é saber que este mal devastador, pode ser prevenido apenas com uma alimentação saudável e higiene bucal. Existem várias fundações de apoio a crianças vítimas do NOMA, com mutirões de cirurgia plástica gratuita, para tentar amenizar o sofrimento desta pessoa
assustadora ! Enquanto tanta gente reclamando da vida , falando bobeira querendo morrer, existem vidas que daria tudo pra tentar ter 10% daquilo que temos.

sábado, 12 de outubro de 2013

O que são espaços confinados?

A NR-33, no subitem 33.1.2, define Espaço Confinado como sendo:
 “Qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação  humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio”.

domingo, 22 de setembro de 2013

Pintor morre eletrocutado ao encostar rolo de pintura na rede de alta tensão

20/09/2013 13h 58
Ji-Paraná
Pintor morre eletrocutado ao encostar rolo de pintura na rede de alta tensão

O incidente aconteceu na manhã desta sexta feira (20), por volta de 10 h e 30 minutos no centro da cidade de Ji-Paraná. O pintor identificado como Jefferson André Gomes de Souza, 23 anos, estava realizando a pintura do prédio da sede da empresa Unimed, quando em um descuido o cabo do rolo utilizado na pintura acabou encostando em um fio de alta tensão aonde a corrente elétrica chega a 13.800 volts. 

Jefferson teve morte instantânea e não utilizava EPI’s (Equipamentos de Segurança Individual). Segundo a equipe do corpo de bombeiros, a vítima estava de bermudas e não estava com calçados apropriados para aquele tipo de serviço o que poderia ter evitado a fatalidade. 

Uma equipe do corpo de bombeiros rapidamente se fez presente no local, mas não tiveram muito o que fazer, pois o pintor já estava sem sinais vitais.  Depois dos trabalhos periciais o corpo foi resgatado de cima do prédio e foi liberado para a funerária de plantão.


Fonte: Vipnotícias

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A Liderança da Gestão em Matéria de Segurança e Saúde no Trabalho

Os sistemas de segurança e saúde no trabalho (SST)
destinam-se a identificar e minimizar os riscos no local
de trabalho. A eficácia de tais sistemas também afeta
o desempenho das empresas, quer negativamente se
forem pesados e burocráticos quer positivamente se
forem bem concebidos e funcionarem de maneira eficaz.
Para que o seu impacto seja positivo, é necessário que
os sistemas de SST funcionem de forma harmoniosa, em
consonância (e não em conflito) com a gestão global da
empresa e o cumprimento dos objetivos de produção
e dos respectivos prazos.
Nesta perspectiva, é útil recordar que os empregadores
têm o dever legal (e moral) de garantir a proteção da
segurança e saúde dos trabalhadores, bem como de
consultar os trabalhadores e/ou os seus representantes
e permitir a participação dos mesmos em discussões
sobre segurança e saúde no trabalho. A liderança da
gestão em matéria de segurança e saúde pode contribuir
para esse efeito.

Eis alguns exemplos práticos de liderança
em matéria de SST:
• visitar os locais de trabalho com vista a dialogar com os trabalhadores sobre as
preocupações relacionadas com a segurança e saúde (os trabalhadores podem
não só identificar problemas como também propor soluções);
• assumir responsabilidades pessoais e demonstrar preocupação;
• dar o exemplo;
• disponibilizar, tanto quanto possível, tempo e dinheiro.
TST: Claudivan Gonzaga

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Disposições Gerais

1.1 As Normas Regulamentadoras-NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas as empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativos e judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho-CLT.

Trecho tirado da NR-1  acesse http://www.trabalho.gov.br/  
para poder visualizar toda a NR-1 TST. Claudivan Gonzaga

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Registro Profissional Técnico de Segurança do Trabalho

Quando a NR 27 foi Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008, gerou muitas duvidas com relação ao registro profissional do Técnico de Segurança do Trabalho. Abaixo transcrevo a Portaria N˚ 262 assinada pelo Ministro do Trabalho e Emprego Sr. Carlos Lupi
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA No 262 DE 29 DE MAIO DE 2008
(DOU de 30/05/2008 – Seção 1 – Pág. 118)
O MINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso das atribuições que lhe conferem o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, o art. 3o da Lei n.o 7.410, de 27 de novembro de 1985, e o art. 7o do Decreto n.o 92.530, de 9 de abril de 1986, resolve:
Art. 1o O exercício da profissão do Técnico de Segurança do Trabalho depende de prévio registro no Ministério do Trabalho e Emprego.
Art. 2o O registro profissional será efetivado pelo Setor de Identificação e Registro Profissional das Unidades Descentralizadas do Ministério do Trabalho e Emprego, mediante requerimento do interessado, que poderá ser encaminhado pelo sindicato da categoria.
§ 1o O requerimento deverá estar acompanhado dos seguintes documentos:
I – Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, para lançamento do registro profissional;
II – cópia autenticada de documento comprobatório de atendimento aos requisitos constantes nos incisos I, II ou III do artigo 2o da Lei n.o 7.410, de 27 de novembro de 1985;
III – cópia autenticada da Carteira de Identidade (RG); e
IV – cópia autenticada do comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF).
§ 2o A autenticação das cópias dos documentos dispostos nos incisos II, III e IV poderá ser obtida mediante apresentação dos originais para conferência na Unidade Descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego.
Art. 3o Permanecerão válidos os registros profissionais de técnico de segurança do trabalho emitidos pela Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT.
Art. 4o Os recursos interpostos em razão de indeferimento dos pedidos de registro pelas unidades descentralizadas serão analisados pelo Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST, da SIT.
Art. 5o Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6o Ficam revogadas a Portaria SNT n.o 4, de 6 de fevereiro de 1992; a Portaria DNSST n.o 01, de 19 de maio de 1992; e a Portaria SSST n.o 13, de 20 de dezembro de 1995, que deu nova redação à Norma Regulamentadora – NR 27.
CARLOS LUPI

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção)

NR-18 – PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção)

É obrigatório a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e as exigências contidas na NR 9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) através da antecipação dos riscos inerentes à atividade da construção civil.

Essa norma tem como objetivo garantir, através de  ações preventivas, a integridade física e a saúde do trabalhador da construção, funcionários terceirizados, fornecedores, contratantes, visitantes, enfim, as pessoas que atuam direta ou indiretamente na realização de uma obra ou serviço e estabelecer um sistema de gestão em Segurança do Trabalho nos serviços relacionados à construção.

A elaboração do PCMAT é realizada em 5 etapas:

1. Análise de projetos.

É a verificação dos projetos que serão utilizados para a construção, com o intuito de conhecer quais serão os métodos construtivos, instalações e equipamentos que farão parte da execução da obra.

2. Vistoria do local.

A vistoria no local da futura construção serve para complementar a análise de projetos. Esta visita fornecerá informações sobre as condições de trabalho que efetivamente serão encontradas na execução da obra. Por exemplo: verificar o quanto e em que local haverá escavação, se há demolições a serem feitas, quais as condições de acesso do empreendimento, quais as características do terreno, etc.

3. Reconhecimento e avaliação dos riscos.

Nesta etapa é feito o diagnóstico das condições de trabalho encontradas no local da obra. Surge, então, a avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos, para melhor adoção das medidas de controle.

4. Elaboração do documento base.

É a elaboração do PCMAT propriamente dito. É o momento onde todo o levantamento anterior é descrito e são especificadas as fases do processo de produção. Na etapa do desenvolvimento do programa têm de ser demonstradas quais serão as técnicas e instalações para a eliminação e controle dos riscos.

5. Implantação do programa.

É a transformação de todo o material escrito e detalhado no programa para as situações de campo.

O processo de implantação do programa contempla:
  • Desenvolvimento/aprimoramento de projetos e implementação de medidas de controle;
  • Adoção de programas de treinamento de pessoal envolvido na obra, para manter a “chama” da segurança sempre acesa;
  • Especificação de equipamentos de proteção individual;
  • Avaliação constante dos riscos, com o objetivo de atualizar e aprimorar sistematicamente o PCMAT;
  • Estabelecimento de métodos para servir como indicadores de desempenho;
  • Aplicação de auditorias em escritório e em campo, de modo a verificar a eficiência do gerenciamento do sistema de Segurança do Trabalho.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Alunos do curso Técnico de Segurança do Trabalho aprendendo como agir com um botijão em chamas


Conselhos úteis

.Publicação: Revista Proteção Abril/2010   
Conselhos úteis
Profissionais devem estar atentos ao seu verdadeiro papel dentro das organizações
Cosmo Palásio de Moraes Junior 
Resumimos 15 bons conselhos para profissionais de Segurança e Medicina do Trabalho. Não são os únicos, mas com certeza estão entre os mais importantes e, acima de tudo, servem como uma boa referência para a avaliação da própria postura como profissional. 
Em primeiro lugar, aprenda de uma vez por todas que você não é o responsável pela saúde e pelas vidas das pessoas que trabalham em uma organização. Sua função é implantar, onde for o caso, e gerir os processos que a própria organização tem ou terá para promover a saúde e a segurança no local de trabalho. Essa finalidade é responsabilidade da empresa. 
Aprenda também que a legislação é algo que está muito acima dos interesses das organizações ou das pessoas que nelas trabalham. Na verdade, ela existe para defender o interesse coletivo maior, que é o da sociedade como um todo e que, portanto, deve ser tratada com equilíbrio e não com tendências. 
Em terceiro lugar, aprenda que qualquer programa, plano ou campanha por mais bonito e bem feito que seja só será útil se for compreendido e praticado pelas pessoas. Qualquer coisa fora disso é dinheiro jogado fora. 
Compreenda que questões disciplinares dizem respeito à área específica da organização e não ao SESMT. Por mais que punir faça com que algumas pessoas sintam alguma forma de poder, estamos na verdade atuando na pior esfera do processo da prevenção. 
Compreenda também que uma boa ideia precisa de uma boa apresentação. Assim, faz parte da vida de um profissional aprender a se expressar corretamente, tanto na forma, conteúdo e quantidade, quanto na utilização de linguagem adequada a quem se deseja apresentar algo ou mesmo convencer. 
O sexto conselho diz respeito às normas, que para serem cumpridas precisam de especialistas para interpretá-las e transformá-las em formas compreensíveis e aplicáveis para as demais pessoas. Assim, não basta saber ler, é preciso saber interpretar e usar a técnica para propor e desenvolver formas de aplicação. Organizações fazem produtos e vendem serviços. Embora segurança e saúde seja para nós o foco principal, para as organizações tudo isso é apenas mais uma das muitas partes de um negócio. O entendimento destes valores ajudará a evitar muitos conflitos. 
APRENDIZADO 
Entenda que por mais que você admire o modelo desta ou daquela organização, se quer que sua área seja tecnicamente forte deve fazer com que ela esteja baseada em normas legais e técnicas e não em modelos feitos por alguns. A padronização torna uma área mais forte e reconhecida, além de otimizar recursos. 
Saiba que normas e procedimentos não devem ser feitos pura e simplesmente para isentar pessoas e organizações de responsabilidades, mas para padronizar ações e mudar a cultura. 
Perceba que a vida e a saúde das pessoas é algo que não pode ser terceirizado e que, portanto, embora nos caiba o domínio da técnica sobre o assunto prevenção, não nos cabe decidir pelas pessoas o que é melhor para elas. A essa atitude chamamos de ética. 
Saiba também que não existe profissional de Segurança e Saúde no Trabalho primeiro, segundo ou terceiro. Todos somos profissionais e o respeito não deve ser pautado pelo local ou condição de trabalho. É preciso aprender que a CIPA não é o quintal da Segurança do Trabalho e sim a representação legítima dos trabalhadores e da organização no que diz respeito ao assunto Segurança e Saúde no Trabalho. Também é necessário ter o conhecimento de que para as organizações interessa o melhor resultado e que, assim, não importa a sua profissão, mas o que você sabe fazer e o quanto é capaz de dar. Troque o título pela utilidade e será reconhecido sem precisar se impor. 
É muito importante respeitar todos os profissionais da sua área de atuação e aprender com as diferenças e visões distintas, levando em conta que quem criou a NR 4 tinha uma visão bastante ampla, o que faz com que o SESMT seja uma área completa e não o resultado de uma visão apenas. 
O último conselho diz respeito a aprender que nenhum trabalhador se acidenta porque resolveu atrapalhar aquela sua velha placa de dias sem acidentes ou porque não tinha o que fazer naquele dia. Os acidentes são muito mais complexos do que a maioria das pessoas desejam ver. Suas causas estão distantes dos olhos de quem os investigam e os analisam partindo, muitas vezes, de velhos preconceitos.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Prédio em construção desaba e deixa mortos na zona leste de São Paulo

Estrutura cedeu pela manhã no bairro São Mateus. Segundo os Bombeiros, acidente matou 8 pessoas

Um prédio comercial em construção desabou nesta manhã de terça-feira (27), na zona leste de São Paulo, e deixou ao menos oito mortos. A construção estava em andamento na avenida Mateo Bei, no bairro de São Mateus. O número oficial de feridos subiu para 26.
Obra havia ameaçado cair nas últimas semanas, diz operário ferido             

À tarde, o capitão Marcos Palumbo chegou a afirmar que a baixa visibilidade e o difícil acesso dificultam os trabalhos . "Infelizmente o número de vítimas vai aumentar." Apesar disso, os trabalhos de resgate com instrumentos leves devem seguir por 24 horas para então ser utilizado o maquinário pesado para limpar o local.
"Os bombeiros não vão sair daqui até que se localizem todas as vítimas e não vamos usar qualquer tipo de maquinário antes de termos indícios suficientes de que não há ninguém lá embaixo”, garantiu.


"Lá dentro está u
Ao todo, 35 funcionários trabalhavam no local quando a estrutura cedeu. Segundo os bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 8h30 em uma estrutura localizada na avenida Mateo Bei, nº 2.300. O edifício que desabou tinha dois pavimentos e estava em construção há três meses. Entre as vítimas fatais, segundo Palumbo, três corpos foram resgatados e outros três ainda estariam entre os escombros.
O número de atingidos encontrados com vida chega a 24. Todos foram encaminhados aos hospitais Santa Marcelina, São Miguel, Sapopemba e Tatuapé com ferimentos leves a moderados. Uma das vítimas  manteve contato com os bombeiros via celular e foi socorrida . O jovem de 24 anos chegou a indicar o local onde estava soterrado. 

m quebra-cabeça", diz bombeiro sobre prédio que desabou em SP
 
 
Wesley Rodrigo/ Futura Press
Prédio que caiu tinha dois pavimentos e era construído há 3 meses

Veja imagens do desabamento na zona leste de São Paulo

Prefeitura diz que obra que desabou em São Paulo estava irregular
Cinco cães participam da operação de resgate de desabamento em São Paulo
Todas as pessoas envolvidas seriam operários que trabalhavam durante o colapso. Os bombeiros estão no local com 23 viaturas com 73 homens, dois helicópteros Águia da Polícia Militar e cães farejadores para o trabalho de resgate. Pessoas que estavam no entorno também receberam os primeiros socorros.
Ainda não há confirmações sobre o que teria causado o desabamento. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou a avenida nos dois sentidos e isolou a região. Equipes da Eletropaulo, Sabesp e Congás estão no local e apoiam atendimento.
Ao menos seis imóveis, quatro residenciais e dois comerciais, foram interditados por terem a estrutura comprometida. Segundo o coordenador da Defesa Civil, José Koki Kato, 15 pessoas foram afetadas e serão cadastradas pela secretaria de Assistência Social. Oito carros, cinco de moradores e três que estavam estacionados na rua, foram atingidos pelos escombros.
Espera por notícias
Familiares dos operários acompanham as buscas e aguardam notícias de parentes que ainda estão desaparecidos. É o caso de Jociel da Silva Pereira, de 25 anos. Seus dois irmãos trabalhavam no local como ajudantes de pedreiro e ainda não foram encontrados. São eles: Mariano da Silva Pereira, de 30, e Donato da Silva, de 22.
Gabriela Bilo/Futura Press
Familiares dos operários atingidos acompanham o trabalho de resgate às vítimas

Leia mais: Obra havia ameaçado cair nas últimas semanas, diz operário ferido
Segundo Pereira, Mariano convidou Donato para o trabalho há pelo menos um mês. "Eu espero que os encontre com vida mesmo que machucados". Para ele, o proprietário do local deve indenizar as vítimas já que "uma estrutura dessas não pode cair de qualquer jeito". 
Irregularidades e aluguel
A Prefeitura de São Paulo informou que a obra realizada no terreno de São Mateus estava irregular. Segundo o órgão, a empresa responsável pela obra foi multada duas vezes por irregularidades e deveria apresentar um novo pedido de álvará para iniciar a construção. Por nota, a prefeitura informou que o responsável pela construção não apresentou um pedido de Alvará de Execução. Portanto a obra estava em situação irregular.
O imóvel seria alugado para ser uma loja da rede Magazine Torra Torra. Segundo nota para a imprensa, a empresa informou que o imóvel não era de propriedade da rede, que só assumiria a fase final de acabamento da construção após um laudo comprovar a segurança da obra. "[...] rede somente assumiria finalizadas as obras estruturais, pelo proprietário. Dessa forma, o Magazine Torra Torra não tem nenhuma responsabilidade sobre a parte de engenharia civil", disse a empresa.  
Veja o local do desabamento na zona leste de São Paulo


 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Política de Segurança


A segurança do Trabalho é parte integrante do processo de produção e

um dos objetivos permanentes de uma empresa. Visa a preservar o seu

patrimônio humano e material, de clientes e de terceiros e a continuidade das

atividades em padrões adequados de produtividade com qualidade de serviço.

Para atender os Diplomas Legais em vigor e considerando ser a

Prevenção de Acidentes a melhor solução, a promoção da saúde e proteção da

integridade física dos trabalhadores no local de trabalho devem ser realizadas,

abordando 4 (quatro) aspectos:

· Qualificação Profissional.

· Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina



do Trabalho - SESMT.

· Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.

· Ordens de Serviço sobre Segurança e Medicina do Trabalho.



A Qualificação Profissional é o processo mais eficiente para se mudar o

quadro crítico existente no Brasil, quanto ao número de Acidentes do Trabalho.

Um profissional realiza seu trabalho com mais eficiência técnica, aumentando,

com isto, a produtividade e a qualidade do produto e melhor aplicando as normas

de segurança.

Ao se falar em Qualificação Profissional, a principal necessidade brasileira

nesta área, incluem-se todos os níveis dentro de suas respectivas atribuições,

inclusive os de direção.

Ao SESMT, cabe a função de centralizar o planejamento da segurança, em

consonância com a Produção, e descentralizar sua execução.
Eng. Edison da Silva Rousselet

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Manobra de Heimlich

Não é sempre que temos a oportunidade de salvar a vida de alguém, mas, quando a situação aparece, é importante saber o que fazer. Quando Cody Gelling, de nove anos, encontrou seu irmão de três anos Logan engasgando, se lembrou de uma aula de primeiros socorros que tinha feito. Depois de tentar bater nas costas do irmão e não conseguir melhorar sua respiração, Cody realizou a manobra Heimlich – conseguindo tirar um pequeno anel que estava engasgando Logan. “Isso mostra que nunca sabemos quando precisamos (do conhecimento de primeiros socorros)”, afirmou o instrutor de primeiros socorros de Cody.
Logan Gelling faz parte agora de uma longa lista de pessoas que foram salvas pela manobra, criada pelo médico Henry Heimlich em 1974. Ele era um cirurgião torácico, e desenvolveu a técnica ao descobrir que o engasgamento era a sexta causa de morte mais comum nos Estados Unidos. Heimlich então criou a manobra que levou seu nome, que tenta tirar a obstrução da garganta ou traquéia ao utilizar a força do ar que fica preso nos pulmões.
A técnica induz uma tosse artificial que expele o objeto que esteja bloqueando a respiração da vítima.
Quando uma pessoa está engasgando, a técnica ensina que deve-se posicionar atrás na pessoa, fechar o punho e colocá-lo com o polegar estendido entre o umbigo e o osso externo, fazendo força com a outra mão. A pressão feita sobre o diafragma expulsa o ar dos pulmões, liberando as vias aéreas.
desengasgar outra pessoa a manobra de heimlich
Curiosamente, Heimlich, que atualmente tem 89 anos, só teve que realizar a manobra uma vez, em um restaurante. “Virei e vi um homem engasgando, então fiz a manobra e continuei com meu almoço”, afirma.
Para quem tiver o azar de engasgar sozinho, a manobra tem que ser adaptada, como a médica Marilyn Dover fez quando se viu sem conseguir respirar. “Fiquei em pé, coloquei minhas mãos fechadas no topo do meu abdômen, e contrai meu peito para expelir o ar dos meus pulmões”. Depois de fazer isso, Dover conseguiu tirar o pedaço de comida que estava fazendo com que ela engasgasse.

AUDITORIA,DOSIMETRIA E CONTROLE DE RUÍDO OCUPACIONAL

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

NÍVEL DE RUÍDO
DB (A)
MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA
PERMISSÍVEL
85
8 horas
86
7 horas
87
6 horas
88
5 horas
89
4 horas e 30 minutos
90
4 horas
91
3 horas e 30 minutos
92
3 horas
93
2 horas e 40 minutos
94
2 horas e 15 minutos
95
2 horas
96
1 hora e 45 minutos
98
1 hora e 15 minutos
100
1 hora
102
45 minutos
104
35 minutos
105
30 minutos
106
25 minutos
108
20 minutos
110
15 minutos
112
10 minutos
114
8 minutos
115
7 minutos

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

A função de um Técnico em Segurança do Trabalho

Este texto surgiu depois de ouvir o seguinte relato:
Um novo Gerente assumiu uma determinada empresa e chamou a equipe de Segurança do Trabalho para conhecer. A primeira pergunta que ele fez ao chefe do SESMT foi:

__ O que vocês fazem?
Então o chefe começou a enumerar algumas atividades, mas o gerente o interrompeu dizendo que tudo aquilo ele já sabia. O que ele queria saber era qual o produto ou serviço que era oferecido aos clientes.
A resposta à pergunta do título parece óbvia, mas a maioria dos TST vai titubear ao responder essa pergunta. O motivo é simples: fazemos tantas coisas que acabamos por esquecer-se de nossa principal missão: prevenir acidentes – esse é o nosso produto, ou melhor, serviço.
Poderíamos começar explicando ao nosso inquiridor respondendo a pergunta – Por quê?
- Por que fazemos prevenção? – depois respondemos a pergunta – Onde?
- Onde fazemos prevenção? – e por último, a pergunta – Como?
- Como fazemos prevenção?
É comum ao sermos indagados sobre o que nós fazemos, começarmos a explicar como fazemos, citando:
- O Técnico de Segurança faz treinamentos de segurança;
- Faz inspeção de segurança;
- Faz PPRA, PCMAT, eleição da CIPA, PPP, relatórios, etc e tal.
Ainda podemos citar as lista de atribuições contida na NR4, mas a resposta que o nosso interlocutor precisaria ouvir seria muito simples: __Eu faço prevenção!
Tudo que citei acima e também o conteúdo de nossas atribuições têm um só fim – prevenir acidentes.
Portanto, a nossa meta deve ser a de sempre chegar antes do acidente, mas infelizmente ainda gastamos boa parte de nosso tempo naquilo que já aconteceu. Não que isso não seja importante. É claro que precisamos de uma boa análise de um acidente para evitarmos a reincidência. No entanto, enquanto estamos reagindo há um acontecimento, outro evento não desejado pode estar acontecendo nesse momento.
Num linguajar mais comum, estamos correndo atrás do prejuízo. Ou seja, o fato já ocorreu. Em algum momento existiu uma falha que levou ao acontecimento. Essa falha pode ser fruto de uma série de desvios administrativos não analisados criticamente ou simplesmente ignorados como fatos insignificantes.
Em segurança do trabalho não se pode desprezar nada. Cada detalhe é importante, porém mais importante ainda, é perceber que esse detalhe faz parte de um todo. Ter essa visão crítica é essencial para que possamos exercer nossa função com sucesso.
Nós não somos onipresentes, mas podemos influenciar os trabalhadores, usando de nossos conhecimentos técnicos durante os treinamentos, palestras e inspeções de rotina. Para obtermos sucesso em nossa empreitada temos que estar bem preparados. Tomar cuidados com nossas atitudes que podem gerar certo desconforto é fundamental. A arrogância é o caminho mais curto para o fracasso. Quando escrevi sobre esse tema, foi porque tive o desprazer de conviver com essa situação durante alguns anos e vi que tudo que foi feito não teve o resultado esperado. Foi um grande aprendizado para minha vida profissional. Não é com a força que se previne acidentes. Tampouco se previne acidentes com discursos bonitos. É preciso que a ação combine com o discurso.
Em resumo, nossas tarefas são muitas, mas o primordial é que as pessoas entendam que nossa missão é a de evitar que elas se machuquem. Mesmo que para isso tenhamos que tomar medidas que podem não agradá-los no momento, mas se você fizer o seu trabalho bem feito, pode acreditar que vai terminar seu dia com a certeza do dever cumprido.
O caso que citei acima é real e a pergunta feita pelo gerente tinha um motivo específico – o número de acidentes dessa empresa tinha aumentado no ano anterior.
O trabalho na prevenção é árduo e pouca gente percebe quando tudo está correndo bem, mas quando as coisas vão mal, todo mundo acha que a “segurança” não está fazendo seu trabalho direito. E isso só tem uma explicação: Estamos “fazendo o trabalho” que vendemos aos nossos clientes. E essa não é nossa missão – como assessores, temos que convencer nossos clientes de que o trabalho de prevenção tem que ser feito por eles. Só assim a Segurança do Trabalho realmente vai funcionar.
 Fonte: Portal Tem Segurança.

Técnico de segurança do trabalho Ele treina e inspeciona as frentes de trabalho para evitar acidentes nos canteiros de obras Reportagem: Giovanny Gerolla


Marcelo Scandaroli
Profissional

 Marcelo Scandaroli
Nome: Amadeu Moraes 
Idade: 48 anos 
Onde nasceu: Curitiba 
Onde mora: Uberlândia (MG) 
Onde trabalha: Racional Engenharia 
Função atual: Técnico de Segurança do Trabalho  

Há  quanto tempo você atua como técnico de segurança do trabalho?
Atuo como técnico há 18 anos, mas sou militar reformado da Aeronáutica.

Como aprendeu a profissão?
O curso foi realizado em uma escola estadual em São José dos Campos, São Paulo. Tínhamos matérias técnicas intercaladas com as disciplinas do colegial regular (hoje equivalente ao ensino médio). O Governo do Estado, na década de 1990, implantou esses cursos técnicos em algumas escolas, a título de experiência, só que por falta de alunos e devido ao baixo índice de aprovação, eles foram sendo retirados das escolas públicas.

Por que você escolheu trabalhar nessa área?
Tudo aconteceu por acaso. Eu estava fazendo, na verdade, um curso particular de Técnico em Contabilidade e, a pedido de alguns amigos, mudei para o Técnico de Segurança do Trabalho. Gostei muito. Durou três anos e foi totalmente gratuito.

É difícil ser técnico de segurança do trabalho?
No início foi muito difícil, pois naquela época as empresas somente contratavam esse profissional para cumprir a legislação vigente. Nós não atuávamos do jeito que tinha que ser.

Hoje a situação é diferente?
A situação mudou muito porque as empresas sentem o custo alto das implicações legais e judiciais de um acidente de trabalho. Como resultado, passaram a investir mais em segurança, além de permitir e cobrar a atuação eficaz do profissional dessa área.

O que é necessário para ser um bom técnico?
Em primeiro lugar, ser justo e enérgico, sem arrogância, conquistando o respeito de toda a equipe. É preciso saber colocar sua opinião e, ao mesmo tempo, respeitar a de outras pessoas envolvidas; mostrar a irregularidade, imediatamente propor uma solução e, na medida do possível, amar o que faz.

Como é a rotina de trabalho?
Na área da construção civil não há rotina, pois as atividades variam de minuto a minuto.

Quais são suas responsabilidades?
O profissional deve inspecionar constantemente as frentes de trabalho, orientar e dar suporte técnico a toda equipe, cobrar o uso de EPIs, fazer vistoria de máquinas e equipamentos, palestrar para novos colaboradores, para que se integrem à equipe, diálogos diários de segurança e outros treinamentos específicos.

O técnico fica envolvido em algum tipo de risco?
Ele fica exposto a vários tipos de risco, como qualquer colaborador no canteiro de obras.

Em 18 anos, você  realizou algum curso de reciclagem profissional?
Uma reciclagem que fiz foi o curso de Segurança em Espaço Confinado. Também é importante que o técnico esteja sempre atento às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, que estão sempre mudando.

O uso de Equipamentos de Proteção Individual ainda é um problema? As pessoas são muito resistentes?
Infelizmente, sim. O colaborador ainda resiste quanto ao uso do EPI, dizendo que atrapalha, dá dores de cabeça, ou esquenta demais. Esta é uma questão comportamental difícil de ser corrigida. A maioria das pessoas só entende a importância do equipamento quando sofre o acidente.

Você teria algum exemplo para citar?
Em uma determinada obra, passei uma vez junto ao poço do elevador e pude constatar que o funcionário não utilizava o cinto de segurança. Imediatamente o adverti - verbalmente e, depois, por escrito. Ele foi obrigado a colocar o cinto. Depois de mais uma hora de trabalho, fui informado de que, ao puxar uma tábua que não suportou o seu peso, ele foi lançado para o interior do poço. Ficou pendurado pelo cinto de segurança e até hoje é muito agradecido a mim.


Características da função

O que faz o técnico em segurança do trabalho - Atua na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, elabora planejamento e realiza inspeções nas frentes de serviço da empresa e treinamentos.

Em que etapa da obra entra - Desde o início da obra, assim terá melhores condições de integrar-se à equipe e participar do planejamento de Segurança do Trabalho.

Em quais tipos de empresa pode trabalhar - Em todas que devem atender à legislação vigente ou que desejam ir além das necessidades legais e permitir melhores resultados em Segurança.

Mercado de trabalho - O mercado está bom e tende a melhorar ainda mais, com a previsão do surgimento de inúmeras obras para a Copa de 2014 e para as Olimpíadas de 2016.

Onde aprender - Cursos técnicos particulares e atuação profissional diária.

Salário médio - De R$ 2.200,00 a R$ 4.000,00, dependendo da experiência e do porte da empresa.

Responsabilidades - Realizar análise de acidente e/ou doença do trabalho (ocupacional) e propor recomendações para evitar novas ocorrências; treinamentos; procedimentos de segurança do trabalho; participar das reuniões da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), se existir; colaborar na realização da Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidentes); participar de reuniões sobre Segurança do Trabalho; especificar os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual); especificar os EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva).