Estrutura cedeu pela manhã no bairro São Mateus. Segundo os Bombeiros, acidente matou 8 pessoas
Um prédio comercial em construção desabou nesta manhã de terça-feira (27), na zona leste de São Paulo, e deixou ao menos oito mortos. A construção estava em andamento na avenida Mateo Bei, no bairro de São Mateus. O número oficial de feridos subiu para 26.
Obra havia ameaçado cair nas últimas semanas, diz operário ferido
À tarde, o capitão Marcos Palumbo chegou a afirmar que a baixa visibilidade e o difícil acesso dificultam os trabalhos . "Infelizmente o número de vítimas vai aumentar." Apesar disso, os trabalhos de resgate com instrumentos leves devem seguir por 24 horas para então ser utilizado o maquinário pesado para limpar o local.
"Os bombeiros não vão sair daqui até que se localizem todas as vítimas e não vamos usar qualquer tipo de maquinário antes de termos indícios suficientes de que não há ninguém lá embaixo”, garantiu.
"Lá dentro está u
Ao todo, 35 funcionários trabalhavam no local quando a estrutura cedeu. Segundo os bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 8h30 em uma estrutura localizada na avenida Mateo Bei, nº 2.300. O edifício que desabou tinha dois pavimentos e estava em construção há três meses. Entre as vítimas fatais, segundo Palumbo, três corpos foram resgatados e outros três ainda estariam entre os escombros.
O número de atingidos encontrados com vida chega a 24. Todos foram encaminhados aos hospitais Santa Marcelina, São Miguel, Sapopemba e Tatuapé com ferimentos leves a moderados. Uma das vítimas manteve contato com os bombeiros via celular e foi socorrida . O jovem de 24 anos chegou a indicar o local onde estava soterrado. m quebra-cabeça", diz bombeiro sobre prédio que desabou em SP
Prédio que caiu tinha dois pavimentos e era construído há 3 meses
Veja imagens do desabamento na zona leste de São Paulo
Prefeitura diz que obra que desabou em São Paulo estava irregular
Cinco cães participam da operação de resgate de desabamento em São Paulo
Todas as pessoas envolvidas seriam operários que trabalhavam durante o colapso. Os bombeiros estão no local com 23 viaturas com 73 homens, dois helicópteros Águia da Polícia Militar e cães farejadores para o trabalho de resgate. Pessoas que estavam no entorno também receberam os primeiros socorros.
Ainda não há confirmações sobre o que teria causado o desabamento. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditou a avenida nos dois sentidos e isolou a região. Equipes da Eletropaulo, Sabesp e Congás estão no local e apoiam atendimento.
Ao menos seis imóveis, quatro residenciais e dois comerciais, foram interditados por terem a estrutura comprometida. Segundo o coordenador da Defesa Civil, José Koki Kato, 15 pessoas foram afetadas e serão cadastradas pela secretaria de Assistência Social. Oito carros, cinco de moradores e três que estavam estacionados na rua, foram atingidos pelos escombros.
Espera por notícias
Familiares dos operários acompanham as buscas e aguardam notícias de parentes que ainda estão desaparecidos. É o caso de Jociel da Silva Pereira, de 25 anos. Seus dois irmãos trabalhavam no local como ajudantes de pedreiro e ainda não foram encontrados. São eles: Mariano da Silva Pereira, de 30, e Donato da Silva, de 22.
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Segundo Pereira, Mariano convidou Donato para o trabalho há pelo menos um mês. "Eu espero que os encontre com vida mesmo que machucados". Para ele, o proprietário do local deve indenizar as vítimas já que "uma estrutura dessas não pode cair de qualquer jeito".
Irregularidades e aluguel
A Prefeitura de São Paulo informou que a obra realizada no terreno de São Mateus estava irregular. Segundo o órgão, a empresa responsável pela obra foi multada duas vezes por irregularidades e deveria apresentar um novo pedido de álvará para iniciar a construção. Por nota, a prefeitura informou que o responsável pela construção não apresentou um pedido de Alvará de Execução. Portanto a obra estava em situação irregular.
O imóvel seria alugado para ser uma loja da rede Magazine Torra Torra. Segundo nota para a imprensa, a empresa informou que o imóvel não era de propriedade da rede, que só assumiria a fase final de acabamento da construção após um laudo comprovar a segurança da obra. "[...] rede somente assumiria finalizadas as obras estruturais, pelo proprietário. Dessa forma, o Magazine Torra Torra não tem nenhuma responsabilidade sobre a parte de engenharia civil", disse a empresa.
Veja o local do desabamento na zona leste de São Paulo